Em um marco histórico da medicina, médicos da Coreia do Sul realizaram o primeiro transplante bem-sucedido de um órgão impresso em 3D. A paciente, uma mulher de 50 anos que perdeu parte da traqueia após uma cirurgia para tratar câncer de tireoide, recebeu uma traqueia bioprintada no Hospital St. Mary, em Seul.
O novo órgão foi feito com células-tronco e cartilagem obtidas de outros pacientes, combinadas com policaprolactona (PCL) — um material biodegradável que dá sustentação à estrutura — e bio-tinta, usada para transportar as células vivas durante a impressão.
A cirurgia durou meio dia, e a impressão do órgão levou menos de duas semanas. Seis meses após o transplante, a paciente não apresentou rejeição nem precisou usar imunossupressores, e novos vasos sanguíneos começaram a se formar no tecido.
O procedimento é resultado de 20 anos de pesquisa e foi desenvolvido em parceria entre a Universidade Católica da Coreia, a Universidade de Gachon e a empresa T&R Biofab, que criou a impressora especializada em estruturas tubulares.
Os cientistas esperam que, em até cinco anos, o material artificial seja absorvido e o corpo da paciente regenere sua própria traqueia. O estudo ainda passa por revisão científica para publicação.
Segundo o Dr. Paulo Marinho, da T&R Biofab, o avanço “aumenta as esperanças de reduzir a escassez de órgãos para transplante” e abre caminho para futuras aplicações da bioimpressão 3D em medicina regenerativa.
*Com informações de Science Focus
Foto: Ilustrativa
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