Talvez muitos não saibam mais a maior coleção de títulos publicados no Brasil, ou talvez até no mundo, esteja localizada justamente em Mossoró. Com mais de 5 mil obras editadas, sendo mais de mil delas sobre a problemática da seca, a Coleção Mossoroense é uma referência editorial no Rio Grande do Norte.
Os grandes feitos históricos de Mossoró, celebrados neste 30 de setembro, todos eles tiveram o seu nascedouro bibliográfico na editora, criada pelo professor e editor Vingt-un Rosado em 1949 e receberam a escrita pelos mais diversos autores.
É de Vingt-un a obra “O Motim das Mulheres”, que conta sobre a revolta das mães mossoroenses ocorrido em 30 de agosto de 1875, contra a obrigatoriedade do alistamento militar para dos seus filhos; a escritora Jane Cortez Firmino escreveu “O Voto de Saias”, onde destaca o pioneirismo do voto de Celina Guimarães; sobre o ataque de Lampião em 1927, ao menos três livros se fizeram clássicos: “A Marcha de Lampião”, de Raul Fernandes, filho do então prefeito Rodolfo Fernandes, organizador da resistência do cangaceiro e seu bando; “Nas Garras de Lampião”, o diário de Antônio Gurgel, que esteve refém de Virgulino Ferreira. A obra foi organizada pelo saudoso memorialista Raimundo Soares de Brito, o Raibrito e, por fim, “Lampião em Mossoró”, de autoria do martinense Raimundo Nonato, autor de outras obras importantes na região como “Memórias de um Retirante” e “História Social da Abolição”, este último abordando o tema maior destas comemorações de hoje, a libertação dos escravos mossoroenses em 1883, antes da Lei Áurea.
Graças a sensibilidade de Jerônimo Dix-sept Rosado Maia Sobrinho e Eriberto Monteiro, representantes da Fundação Vingt-un Rosado, instituição que mantém a Coleção Mossoroense, a Difusora está disponibilizando abaixo a obra de Nonato sobre o ato libertário de Mossoró gratuitamente. É só clicar e salvar.
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