Reutilizar a água residual da piscicultura na irrigação da pitaya. Este é o tema de pesquisa da estudante do Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Luana Mendes. O trabalho tem como principal objetivo agregar outra atividade à parte da fruticultura para o produtor, tendo tanto a participação da agricultura quanto também da criação de peixes. A pesquisa da doutoranda da UFERSA tem como orientador o professor Vander Mendonça e, como coorientador, o professor Marcelo Augusto (Tubarão), do Departamento de Ciências Animais.
Localizado no Pomar da UFERSA, o experimento com a pitaya começou a ser instalado em março de 2018. Após alguns estudos iniciais, que mostraram a viabilidade da cultura na região, orientador e orientanda iniciaram a pesquisa que já está perto de finalizar seu primeiro ciclo. “Daqui pra frente vamos continuar com as pesquisas, pois acreditamos que a cultura da pitaya tem potencial muito grande para a nossa região”, explica o professor Vander Mendonça.
“A água da piscicultura foi escolhida primeiramente por causa da limitação hídrica da região e também devido à questão do impacto ambiental, pois se essas águas forem depositadas de forma inadequada elas podem contaminar o lençol freático”, conta a doutoranda Luana Mendes. O material (água) vem do tanque de piscicultura da UFERSA, de responsabilidade do professor Tubarão.
Além de avaliar a irrigação, o trabalho também está analisando todo o ciclo de produção da cultura, da poda até o fruto, a composição química da fruta, estrutura do solo, entre outras características, para fornecer aos produtores as principais informações sobre a cultura da pitaya no semiárido. De acordo com o professor Vander Mendonça, a pitaya começa a produzir frutos a partir de 10 a 12 meses e a sua vida útil pode durar até 15 anos se for bem cuidada, e outra vantagem da cultura é o manejo simples e de baixo custo para o produtor.
O pomar da UFERSA conta com dois tipos de pitaya, a vermelha da polpa vermelha e, a vermelha da polpa branca. As primeiras brotações surgiram em outubro e a área ficou uniforme em novembro de 2021.
A primeira colheita foi realizada no dia 22 de dezembro de 2021. Agora, o próximo passo é ir para o laboratório, para as primeiras medições físicas de peso e altura e, em seguida, as atividades de pós-colheita que interessam aos produtores e mercados. Com isso, a pesquisa encerra seu primeiro ciclo em março 2022.
Apesar de sofrer com pragas, como a abelha arapuá, a pesquisa está rendendo bons frutos. “A pitaya vejo que daqui a alguns anos vai ser uma cultura com potencial para os produtores e também vislumbro com um aumento em relação ao cultivo na nossa região. A pesquisa tem o intuito de incentivar a produção, consequentemente, aumentar a renda dos pequenos produtores.”, finaliza Luana.
__________________
ACOMPANHE MAIS DA PROGRAMAÇÃO DA RÁDIO DIFUSORA DE MOSSORÓ (AM 1170) aqui.
© DIFUSORA – A FALA DO POVO!