A recente notícia sobre o sétimo paciente provavelmente curado do HIV marca um avanço significativo no tratamento da doença. Esse paciente, um homem adulto que também sofria de leucemia, foi submetido a um transplante de células-tronco. A notícia foi anunciada por cientistas alemães e mais detalhes serão apresentados pelo médico-cientista Christian Gaebler, da Charité-Universitätsmedizin Berlin, durante a 25ª Conferência Internacional sobre AIDS em Munique.
O paciente recebeu o transplante de células-tronco em 2015 e interrompeu o tratamento antirretroviral para HIV em 2018. Até agora, mais de cinco anos depois, o vírus permanece em remissão. Este caso se junta a outros seis casos conhecidos de cura do HIV após transplante de medula óssea, onde os pacientes também tinham câncer de sangue e foram beneficiados por transplantes que renovaram profundamente seus sistemas imunológicos.
A novidade neste sétimo caso é que o doador das células-tronco possuía uma mutação heterozigótica do gene CCR5 delta 32. Essa mutação é mais comum na população em comparação com a mutação homozigótica observada nos cinco primeiros casos de cura. A mutação heterozigótica ainda impede parcialmente a entrada do HIV nas células, sugerindo que ela pode ser suficiente para a cura em alguns casos, o que poderia ampliar o número de potenciais doadores.
A descoberta é um avanço promissor para o campo da cura do HIV, pois indica que tratamentos futuros podem beneficiar um número maior de pacientes com a utilização de doadores com a mutação CCR5 delta 32 heterozigótica.
Foto: Reprodução
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