Rio de Janeiro – Um crime bárbaro chocou moradores da Zona Norte do Rio de Janeiro neste fim de semana. O corpo de Marcelle Júlia Araújo da Silva, de apenas 18 anos, foi encontrado em estado de decomposição avançado e com sinais de mutilação, no último sábado (14), em uma laje na comunidade Beira Rio, no bairro da Pavuna. A jovem estava desaparecida desde a quinta-feira anterior (12/6), e a principal linha de investigação aponta para um caso de feminicídio brutal.
O principal suspeito do crime é Zhaohu Qiu, de 35 anos, de nacionalidade chinesa, proprietário de uma barraca de yakisoba no próprio bairro. Segundo informações da Polícia Civil, Zhaohu teria desenvolvido uma obsessão pela jovem, que não correspondia aos avanços. Ele é considerado foragido após ter a prisão temporária decretada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Imagens de câmeras de segurança obtidas durante as investigações mostram o suspeito carregando um carrinho de mão coberto por uma lona na madrugada seguinte ao desaparecimento de Marcelle. A polícia acredita que ele tenha utilizado o carrinho para transportar o corpo até o local onde cães, supostamente de sua propriedade, teriam devorado parte dos restos mortais da vítima.
O corpo foi descoberto graças à iniciativa de Layssa Oliveira, cunhada de Marcelle, que decidiu buscar por conta própria imagens de segurança e movimentações próximas ao último local onde a jovem havia sido vista. Após dois dias de buscas, Layssa conseguiu localizar a residência do suspeito, onde o cadáver foi encontrado.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) assumiu o caso e trata o crime como feminicídio com crueldade extrema, reforçando os sinais de premeditação e desprezo à vida da vítima. Ainda segundo os investigadores, Zhaohu teria tentado manipular as circunstâncias do crime, ao ocultar o corpo e usar os cães como forma de destruição de evidências.
Foto: Reprodução
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