O governo federal estuda uma mudança significativa nas regras para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), com potencial para gerar uma economia de até R$ 9 bilhões por ano aos brasileiros. A proposta prevê o fim da obrigatoriedade das aulas em autoescolas, medida que impactaria diretamente o custo do processo de habilitação, hoje estimado entre R$ 3 mil e R$ 4 mil.
Com a flexibilização, o valor médio para tirar a CNH poderia cair para menos de R$ 1 mil, uma redução de até 75%. O cidadão continuaria sendo avaliado pelo Detran, com exames teóricos e práticos, mas poderia se preparar de forma independente ou com instrutores particulares credenciados, sem passar pelas tradicionais autoescolas.
A proposta, em análise no Ministério dos Transportes e na Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), tem como principal objetivo democratizar o acesso à habilitação, especialmente para jovens de baixa renda, moradores de áreas rurais e trabalhadores informais que dependem da CNH para oportunidades de emprego ou empreendedorismo.
Impacto econômico e social
Segundo estimativas do governo, cerca de 3 milhões de pessoas tentam tirar a primeira habilitação por ano no Brasil. Com a desobrigação das autoescolas, o custo individual cairia em média R$ 2,5 mil, resultando na economia anual de R$ 7,5 bilhões a R$ 9 bilhões – valor que poderia circular em outras áreas da economia.
Além disso, o governo aponta que o modelo atual, embora tenha como objetivo garantir a segurança viária, não é acessível para grande parte da população. Muitas pessoas abandonam o processo no meio por falta de recursos financeiros, criando um ciclo de informalidade e, em alguns casos, dirigindo sem habilitação.
Foto: Reprodução
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