enfrenta dificuldades para preencher cerca de 350 mil vagas abertas em todo o país, o setor supermercadista tem buscado alternativas para atrair mão de obra. Entre as estratégias adotadas está uma parceria inédita entre a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e o Exército Brasileiro, com o objetivo de recrutar jovens recém-egressos do serviço militar obrigatório.
Além dessa iniciativa, redes supermercadistas têm apostado na diversificação da força de trabalho, com ações voltadas à contratação de pessoas acima dos 60 anos, e estão em diálogo com o Ministério do Trabalho para viabilizar jornadas mais flexíveis, adaptadas à realidade de diferentes perfis de candidatos.
A movimentação ocorre em meio a um cenário contraditório: apesar do baixo índice de desemprego, há uma escassez de profissionais dispostos a ingressar no setor formal. Entre os principais motivos estão os salários baixos, jornadas exaustivas na escala 6×1, acúmulo de funções sem compensação adequada e descumprimento de direitos como o pagamento de horas extras.
Segundo especialistas, a raiz do problema está nas condições precárias oferecidas, que afastam os trabalhadores — sobretudo os jovens — para setores mais flexíveis, autônomos ou informais. Para reverter esse quadro, será necessário mais do que recrutar: será preciso valorizar e respeitar quem está na base da operação que movimenta um dos setores mais lucrativos da economia brasileira.
Foto: Reprodução
ACOMPANHE MAIS DA PROGRAMAÇÃO DA RÁDIO DIFUSORA DE MOSSORÓ (AM 1170)
© DIFUSORA – A FALA DO POVO!