O ministro da Educação, Camilo Santana, e o presidente do Inep, Manuel Palacios, anunciaram neste domingo (16) que o Enem passará, a partir de 2026, a avaliar a qualidade do ensino médio. O exame continuará reconhecendo trajetórias individuais para seleção e certificação, mas também servirá como diagnóstico nacional da aprendizagem, em cooperação com as redes estaduais.
Segundo o ministro, os estudos para a mudança já foram concluídos pelo Inep. “A ideia é que o Enem seja a prova de avaliação do ensino médio a partir de 2026”, afirmou. Palacios destacou que o novo modelo permitirá aferir a conclusão da educação básica com mais precisão e alinhamento à BNCC.
O MEC também estuda aplicar o Enem em países do Mercosul já em 2026, com provas em português em Buenos Aires, Montevidéu e Assunção. O relatório será apresentado antes da abertura das inscrições da próxima edição.
O Enem segue como porta de entrada para o ensino superior via Sisu, Prouni e Fies, além de permitir certificação do ensino médio. A edição de 2025 teve 4,8 milhões de inscritos e cerca de 70% de presença. Os gabaritos do segundo dia serão divulgados na quinta (20) e o resultado final sai em janeiro de 2026.
A reaplicação poderá ser solicitada entre 17 e 21 de novembro, para casos previstos no edital. As provas reaplicadas ocorrerão em 16 e 17 de dezembro.
Entre as novidades de 2025 estão: retorno da certificação do ensino médio (com mais de 98 mil pedidos), datas específicas no Pará devido à COP30, uso de detectores de metal em todas as salas e adoção da metodologia testlet, que agrupa itens por texto.
Ao longo de mais de duas décadas, o Enem consolidou-se como a principal via de acesso ao ensino superior no Brasil e também é aceito em instituições portuguesas conveniadas ao Inep.
Foto: Reprodução
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