“É uma honra ter sido homenageada e, maior ainda, de ter sobrevivido para contar a minha história. (…) Se eu me levantei daquele elevador, depois de tudo que aconteceu comigo, outras mulheres também são capazes. Tenho certeza que Deus me usou como instrumento para dar voz a outras mulheres, para dar visibilidade”, declarou Juliana Soares durante discurso emocionado na Câmara Municipal de Natal, após receber a Comenda Maria da Penha, nesta segunda-feira (25). Ela afirmou que pretende usar a visibilidade para encorajar outras mulheres a romper o ciclo de abusos.
Juliana destacou ainda que está conseguindo se recuperar do trauma sofrido graças à rede de apoio que a acolheu, e ressaltou que todas as mulheres vítimas de violência doméstica também devem ter esse suporte.
Há quase um mês, Juliana, de 35 anos, foi brutalmente agredida pelo então namorado, Igor Eduardo Pereira Cabral, dentro do elevador de um condomínio em Natal. O ex-jogador de basquete desferiu mais de 60 socos na vítima, cena registrada pelas câmeras de segurança. O porteiro do prédio acionou a polícia, e o agressor foi preso em flagrante.
Juliana passou por uma cirurgia reparadora que durou mais de 7 horas e segue em recuperação.
A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público, e Igor Eduardo Pereira Cabral se tornou réu por tentativa de feminicídio, crime motivado por ciúmes. Ele segue preso.
Foto: Reprodução
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