Com 101 anos de existência, sendo uma das primeiras instituições do Rio Grande do Norte de caráter associativista, mutualista e beneficente, juntamente com a Sociedade União de Artistas, a Liga Operária de Mossoró foi reconhecida pela Prefeitura Municipal de Mossoró como uma entidade pública sem-fim lucrativo de Utilidade Pública Municipal.
Criada em 10 de abril de 1921, a Liga foi uma ideia original dos irmãos Reginaldo (Raimundo, Jonas e Lauro, o Bangu). Sua atuação mais efetiva se deu até o final da década de 1920 do último século, mas, em virtude da sua projeção social e política, foi “desarticulada” pela classe dominante da época. Ainda assim manteve-se viva até os dias atuais.
A instituição é uma espécie de “embrião” do chamado “Sindicato do Garrancho”, capítulo importante da história do sindicalismo no Brasil com a presença também dos Reginaldo e outros nomes que hoje compõem páginas célebres deste movimento, como Raimundo Guilherme e Manoel Torquato.
Atualmente a Liga tem atuado nas áreas de cultura e assistência social, orientando organizações e associações do terceiro setor e apoiando iniciativas artísticas. Teve aprovado alguns projetos na Lei Estadual de Cultura Câmara Cascudo como o “Misturando as Poesias” e o “1º Encontro de Cultura Popular de Mossoró”. Tem buscado a captação de recursos, via isenção fiscal para este último projeto. Promoveu ainda exposições de artes plásticas e publicou dois livros resgatando a sua história e ainda da família Reginaldo.
“É importante este reconhecimento. Fortalece as ações que temos em mente para o futuro e engrandece ainda mais o currículo desta tão importante instituição cultural do Rio Grande do Norte”. Celebrou o presidente da Liga Operária de Mossoró, o professor aposentado Gilberto Diógenes.
A publicação do reconhecimento de Utilidade Pública foi publicada por intermédio da lei nº 3.983, na edição do Jornal Oficial de Mossoró (JOM) nº 691ª, desta quinta-feira (17).
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