Conforme já esperado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quinta-feira (1º) a indicação do advogado Cristiano Zanin para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), ocupando a vaga deixada pelo ex-ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou em abril. A indicação deve ser oficializada no Diário Oficial da União ainda nesta quinta-feira (1º).
Pelas regras vigentes de aposentadoria do STF, os ministros deixam o cargo de forma compulsória aos 75 anos de idade. Sendo assim, caso o nome de Zanin seja aprovado após sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, ele poderá atuar na Corte até 2050.
“Eu acho que todo mundo esperava que eu fosse indicar o Zanin, não só pelo papel que ele teve na minha defesa, mas simplesmente porque eu acho que o Zanin se transformará num grande ministro da Suprema Corte desse país. Eu conheço as qualidades como advogado, como chefe de família e conheço a formação do Zanin. Ele será um excepcional ministro da Suprema Corte.” Disse o presidente Lula durante a indicação.
Cristiano Zanin Martins nasceu em Piracicaba (SP), se formou em direito pela PUC de São Paulo e é especialista em litígios estratégicos e decisivos, empresariais ou criminais, nacionais e transacionais.
O advogado não é filiado a partido político, mas defende Lula em processos criminais desde 2013. Isso, embora não seja especialista na área penal, e sim em direito civil e processual. Lula chegou a ser condenado e preso pela Justiça Federal, mas teve as condenações anuladas no STF por meio de recursos assinados por Zanin.
O advogado mantém um escritório com sedes em São Paulo e Brasília ao lado da mulher, Valeska Teixeira Zanin Martins. Valeska é filha de Roberto Teixeira, membro fundador do PT que também advogou para Lula nos últimos anos.
No site do escritório, consta que Zanin e Valeska são “especialistas no enfrentamento de lawfare, uma forma ilegítima de uso do Direito que vem sendo adotada por algumas autoridades nacionais e internacionais para obter resultados políticos, geopolíticos, econômicos e militares”.
Em setembro de 2020, durante um desdobramento da operação Lava Jato no Rio de Janeiro, Zanin chegou a ser apontado como suposto líder de um esquema de fraudes no Sistema S (Senac, Sesi e Senai). O juiz Marcelo Bretas determinou, inclusive, operação de busca e apreensão na casa de Zanin. As diligências foram anuladas pelo STF.
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