Faleceu nesta quinta-feira (20), no Rio de Janeiro, de causas naturais, segundo sua assessoria, uma das vozes mais potentes e marcantes da Música Popular Brasileira (MPB), a carioca Elza Soares (Elza Gomes da Conceição) aos 90 anos.
Segundo Pedro Loureiro, empresário da cantora, em entrevista ao Portal G1, a cantora estava bem e tinha gravado um DVD há dois dias. Hoje, ela acordou e fez fisioterapia. Estava com a respiração ofegante, mas garantiu a todos que estava bem. Mas foi ficando mais ofegante e disse aos familiares: “Eu acho que eu vou morrer”.
Loureiro disse ainda que declaração acendeu o alerta e que os familiares foram checar sua pressão e oxigenação, e notaram uma pequena alteração. Pedro e os familiares chamaram o médico de Elza, que enviou uma ambulância para o local por precaução, mas 40 minutos depois, Elza foi mudando o semblante, até que apagou.
“Foi uma morte tranquila, sem traumas, sem motivo. Morreu de causas naturais. Esse, aliás, era um grande medo dela: ter uma morte sofrida, por doença. Hoje, ela simplesmente desligou”, conta Pedro.
Filha de uma lavadeira e de um operário, Elza se criou na favela de Água Santa, subúrbio de Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro. Cantava desde criança, com a voz rouca e o ritmo sincopado dos sambistas de morro, mas somente por volta dos 20 anos fez seu primeiro teste como cantora, na academia do professor Joaquim Negli e foi contratada para a 
Orquestra de Bailes Garan. Começou a se destacar na música como parte da cena do sambalanço com “Se Acaso Você Chegasse”, em 1959. Lançou 34 discos entre samba, jazz, da música eletrônica, hip hop, funk e dizia que a mistura era proposital. O último álbum lançado foi “Planeta Fome”, em 2019.
Elza casou-se obrigada aos 12 anos, foi mãe aos 13 e viúva aos 21. Foi lavadeira e operária numa fábrica de sabão. Conviveu por dezessete anos com o jogador Garrincha, ironicamente, falecido exatamente há 39 anos.
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Com informações do Portal G1.
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