A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram a Operação Sem Desconto, visando combater um esquema ilegal de descontos em aposentadorias e pensões do INSS, envolvendo 13 estados, incluindo o Rio Grande do Norte, além do Distrito Federal. Cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU cumprem 211 mandados de busca e apreensão, com um valor estimado de R$ 1 bilhão em bens sequestrados.
O esquema, que começou em 2019, envolvia descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas para associações, muitas vezes sem o consentimento dos beneficiários. As investigações apontam que as entidades cobraram cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Os descontos foram frequentemente fraudados por falsificação de assinaturas.
O ministro da CGU, Vinicius de Carvalho, destacou que 6 milhões de pessoas foram afetadas e que muitos não sabiam da cobrança, sendo vítimas de fraudes. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, classificou a operação como uma proteção aos aposentados. A CGU já havia identificado um aumento atípico nos descontos, que passaram de R$ 536 milhões em 2021 para R$ 1,3 bilhão em 2023.
Os aposentados que identificarem descontos indevidos podem solicitar a exclusão pelo aplicativo “Meu INSS”, e o valor será restituído após apuração interna. A CGU também recomenda o bloqueio de novos descontos e maior fiscalização do INSS. Denúncias podem ser feitas anonimamente através da plataforma Fala.BR.
Foto: Reprodução
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