A Polícia Federal investiga se um aeródromo privado pertencente à família Geraldo Piquet Souto Maior — irmão do tricampeão de Fórmula 1 Nelson Piquet — poderia ter sido utilizado como rota de fuga pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A possibilidade veio à tona após reportagem publicada nesta terça-feira (25) pelo The Intercept Brasil, assinada pelo jornalista Paulo Motoryn, que detalha a logística considerada para uma eventual tentativa de saída clandestina do país.
A hipótese ganhou força depois que Bolsonaro rompeu a tornozeleira eletrônica que usava por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). O ato foi interpretado como risco real de evasão e motivou a decretação de prisão preventiva, cumprida em Brasília, onde o ex-presidente permanece recolhido na Superintendência da Polícia Federal.
De acordo com dados obtidos pela reportagem, o aeródromo em questão possui pista asfaltada de 590 metros de comprimento por 18 de largura, com autorização para operações visuais diurnas e noturnas. A estrutura suporta aeronaves leves e helicópteros — meios comuns para decolagens rápidas e menos perceptíveis.
Um detalhe chamou atenção dos investigadores: o local fica a menos de 200 metros do condomínio onde Bolsonaro vivia. A curta distância permitiria deslocamento sem grandes movimentações, reduzindo o risco de detecção.
Com a violação da tornozeleira, a área entrou no radar da polícia. Fontes ouvidas pelo Intercept afirmam que a PF passou a considerar o aeródromo como uma das rotas possíveis de fuga. Entretanto, até o momento não há provas de que o ex-presidente tenha se deslocado até lá ou tenha autorizado qualquer operação aérea.
A PF avalia solicitar imagens de segurança da região e pode realizar vistoria técnica na pista. A oitiva de Geraldo Piquet não está descartada, mas depende de eventuais indícios que possam surgir ao longo da investigação.
*Com informações do The Intercept Brasil
Foto: Reprodução/Agência Brasil
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